30 setembro 2006

TRATE-ME LEÃO


Odeio admitir isso.
Estou no meio de uma tempestade que me faz perder o chão na maior parte do tempo.
Que me tira o fôlego quando vejo o telefone tocar.
Que me deixa o corpo trêmulo quando sinto as mãos dele na minha cintura.
Estou presa no olho do furacão, com todas as sensações do mundo me fazendo girar e girar e girar...
E é o arrepio na espinha.
É a boca molhada presa à minha.
É o sussurro.
É meu desejo, não só com a fome mas pelo carinho, pelo toque.
Minha paixão.
Quem diria que depois de tantas feridas e tantas dores e tantas incertezas, eu iria me jogar contra uma parede de água. Mergulhando e nadando mais e mais fundo, sem ter nenhum medo de me afogar novamente...
Me apaixonei desavergonhadamente!