14 novembro 2006

PERDÃO E AGRADECIMENTOS...

Quando chove forte, abro portas e janelas pra que o vento lave com uma só enxurrada todos os cantos e contos.
Quando chove forte tenho vontade de correr pelas ruas tal louca, tal nua.
Tenho vontade de viver um grande amor.
Vontade de ter um filho.
Quando chove forte, brinco de contar as gotas que caem, enquanto rio dessa tolice infantil.
Quando chove forte e o mundo parece desaparecer sob as águas, saio pela porta, abro os braços e me deixo morrer por um instante.
Esquecendo de mim no maior dos abandonos, eu deixo a água escorrer sob a roupa até que ela faça parte de mim.
E olho pros céus, fazendo a única prece que aprendi.