11 outubro 2006

ABSTINÊNCIA...


Meu Deus!
O que está acontecendo comigo?!
Entre letras e imagens e sons e pessoas, só tenho um pensamento. Só busco uma coisa. Uma pessoa.
SIM!
Estou com medo...
Medo da falta que meu corpo sente quando a água morna corre por ele, lembrando das sensações causadas por toques de mãos e bocas.
Medo da saudade às três da manhã, que me faz pensar milhares e milhares de vezes com o telefone nas mãos.
Medo do meu primeiro pensamento da manhã e do último, antes de dormir.
Estou com medo da minha cara de boba, das mãos frias, do coração acelerado.
Estou com medo de ver o sorriso dele de novo.
De ouvir coisas que só nós dois conhecemos.
Estou com medo de mim!
Deitada no meio do quarto, posso sentir a pele quente, a boca macia.. Posso lembrar de cada palavra, de cada gesto, de cada olhar nos últimos dias.
O medo de me abandonar de novo e ver que tudo era uma doce ilusão perdida em brumas...
Não sou mais a fortaleza que eu era.
A armadura possui falhas. Possui frestas demais.
Sozinha no escuro...
Sem escudos, sem vontade de lutar contra isso. Sem nenhuma arma.
Entregue a abstinência, tremendo de frio e saudades, com as lágrimas de quem não quer ver o fim dessa história!